terça-feira, 7 de abril de 2015

Valeu, Renan Mobarack!!!

O Diretor de Futebol do Leão do Parque, Renan Mobarak, conquistou a torcida do São Paulo. Está saindo com moral elevada, com muita garra ajudou a manter o time na elite do futebol gaúcho.

Em determinado momento as críticas todas foram direcionadas a ele, que manteve a postura e com coragem e foi de peito aberto para reunião entre torcida, jogadores e dirigentes, na sede da Mancha Rubro Verde, responder os questionamentos da torcida e da imprensa. Naquele momento muitas questões vieram a tona e Mombarack passou a ser ainda mais respeitado por todos. Foi incisivo, assim como os jogadores que estiveram naquela reunião: "O São Paulo não vai cair". Ali muitos ficaram sabendo que o Diretor tinha contratado apenas sete jogadores, dezoito já estavam contratados quando chegou. Ou seja, tinha participação, mas não poderia ser jogada toda responsabilidade em suas costas.

Rodadas mais tarde a situação ficou ainda mais delicada, no entanto continuou externando confiança no elenco rubro verde. Defendeu as causas do clube com bravura, dentro e fora de campo.

Abro um parentese para citar alguns poucos dos tantos fatos importantes da passagem do dirigente por Rio Grande (Alguns fatos podemos falar, outros por questão de bom senso não):

- Dois jogadores foram assaltados no primeiro dia em Rio Grande e foi o dirigente quem tomou a frente da situação para ajudá-los. 
- Estava morando em um casebre dentro no Aldo Dapuzzo, pois cedeu sua moradia a jogadores. 
- Em determinado momento saiu dinheiro do bolso dele para cobrir despesas.
- Chegou com o elenco quase formado e com verba reduzida para contratar. Não conseguiu trazer jogadores de maior qualidade devido ao teto estipulado para folha de pagamento do clube. No entanto jamais pensou em abandonar o clube.



SUPERAÇÃO:

Em meio ao campeonato, Mombarack começou a enfrentar problemas de ordem pessoal. Se fosse um cidadão comum poderia ter se afastado, provavelmente devesse assim fazer.

Angustiado conversou teve uma breve conversa comigo. Nunca vou esquecer o momento que me disse: "Tenho 43 anos e nunca fiz mal a ninguém". Sempre que estamos com algum problema temos a necessidade de externar e muitas vezes olhamos ao redor da gente e pensamos o porquê as coisas acontecem conosco tendo tanta gente má no mundo.

De pronto perguntei sobre um possível afastamento para ficar ao lado de sua família, na cidade onde reside, em São Leopoldo, região metropolitana de Porto Alegre. Mobarack foi categórico: "vou com o time até o fim do campeonato, depois vou dar uma parada para pensar".

Ao fim da partida contra o Lajeadense, que selou a permanência do Sampa na elite do futebol gaúcho, Mobarack foi as lágrimas. Tirou um peso das suas costas. Embora não seja de Rio Grande, além de muito profissional, identificou-se muito com o São Paulo-SP, especialmente com a torcida.

Assim como nós riograndinos, sabia o quanto injusta e dura seria uma queda de um time de uma cidade e torcida tão apaixonado por futebol.

Chegou a Rio Grande sob desconfiança de muitos e sai cheio de colegas, amigos e, sobretudo, de admiradores. Admiradores do profissional e acima de tudo da pessoa de caráter que foi incansável na luta do São Paulo-RS no Gauchão 2015.

Valeu, Renan!










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