segunda-feira, 23 de março de 2015

Zoeira sem fim: Imprensa faz 3 nos veteranos do Sampa em pleno Aldo Dapuzzo

Na preliminar do jogo entre São Paulo e Ypiranga, o Aldo Dapuzzo recebeu o jogo entre da Imprensa contra os veteranos do rubro verde, em jogo que marcou a abertura deste departamento pelo leão.

E agora você vai sair como foi esse jogo com maiores detalhes e vai rir muito, com enfoque de quem estava no time da imprensa:
O uniforme (emprestado) era parecido com o do Ypiranga. E logo que se fardou, Everton Aguiar, repórter da Rádio Minuano, passou a ser chamado de Paulo Baier. Inclusive foi escaldo na lateral direita, posição de origem do meia do Ypiranga. O treinador, Deivid Pereira "Pererucho", recebeu a alcunha Leco. Mal sabíamos que a tarde dele seria digna de Luis Felipe Scolari.

Antes do jogo começar Pererucho chamou o elenco e escalou o time que Jean Soares havia divulgado no facebook. Os jogadores conversaram e algumas mudanças foram feitas. Eu que sou destro fui passado de zagueiro, do alto do meu um metro e meio, para lateral esquerdo.

A bola rolou e a jogado dos veteranos do São Paulo era clara. Do goleiro para o lateral direito e do lateral direito para um ponta direita, que todos no campo chamavam de baixinho. Ou seja, tudo ali pelo lado que eu deveria jogar. Como não sou bobo, na primeira bola que tive chance subi e demorei para voltar. Na segunda vez já fiquei lá no meio de campo, para desespero da Comissão Técnica. Só escutei o meu treinador dizer: "olha lá onde tá meu lateral esquerdo". Coube a Jean Soares que início de volante cobrir aquela lacuna.

Fiquei com pena do Jean Soares. Ele deve ter dormido pensando naquele baixinho ponteiro direito dos veteranos do Sampa. Ele passava de viagem pelo árbitro/narrador/assessor todas. E o mais impressionante é que Jean não desistia do lance, embora nunca tenha alcançado o adversário, nunca deixou de correr atrás. Era tipo o Barrichello com o Schumacher.

Nesse meio tempo já estava 2x0 para os veteranos do São Paulo, com dois frangos do goleiro/repórrter/narrador Léo Oliveira. Ele parecia sem ritmo de jogo. No primeiro gol o meia do Sampa chutou na entrada da área e o goleiro demorou para pular. Quando pulou tocou na bola, mas mesmo assim a bola morreu no fundo da rede. Neste momento ouvi o treinador se pronunciar pela segunda vez: "meu goleiro tem mãos de alface".

O segundo gol foi mais engraçado. Percebendo a falta de ritmo e a baixa estatura de Léo Oliveira, o time de veteranos começou a usar a tática do sub-7 do do DF Futsal. Chutar a bola por alta. Na primeira tentativa a bola morreu em cima da rede. Mas na segunda não deu outra. O atacante rubro verde deu um chute para o alto e a bola caiu atrás do goleiro. Era o 2x0.

Sentindo que não estava em bom dia o arqueiro pediu para sair com 15min de jogo. Entrou o goleiro reserva que era reserva dos veteranos do São Paulo, pois estávamos sem goleiro reserva. E aí abro o primeiro parêntese. APÓS O JOGO, EM CONVERSA INFORMAL, na tela do Aldo Dapuzzo soubesse o motivo verdadeiro da má atuação do goleiro:

Léo Oliveira perguntou para o Pererucho: "Dava para pegar aquela bola do primeiro gol, POIS EU NÃO ENXERGO SEM ÓCULOS?". Pererucho sorriu e disse: "dava para ter pegar a do primeiro e a do segundo gol". E completou: "agora que tu me informa que tu não enxerga? Não dá para colocar um goleiro cego para jogar".

Fechando este parêntese e voltando para o jogo, o time da Imprensa emparelhou o jogo. Pelo menos começou a reter a bola no meio campo.

Foi quando o nosso centroavante, Vilmar Pereira, vulgo Gaguinho começou a se destacar no jogo. Não pelo futebol, mas pelo excesso de violência que teve contra. Primeiro recebeu a bola na ponta direita e ficou mano a mano com o zagueiro. Foi quando foi violentamente derrubado. O problema é que não foi por um adversário, sim pela bola. os cerca de 12 torcedores que acompanhavam o jogo deliraram na arquibancada.

Mas Gaguinho não desistiu. Movediço, desta vez recebeu a bola na ponta esquerda. E foi violentamente derrubado mais uma vez. Só que dessa vez não foi pela bola, sim pelo zagueiro adversário. O camisa 9 ficou caído no campo e queria o atendimento da ambulância. Com lágrima nos olhos pediu para ser substituído e foi carregado para os vestiários do Aldo Dapuzzo.

E aí abro o segundo parêntese. Parecia migué do centroavante. Mas após o jogo ele veio conversar comigo e me mostrou o resultado da pancada. Joelho inchado e um hematoma na testa. Isso mesmo, Hematoma na testa. Curioso perguntei se foi do lance e Gaguinho disse que sim. "Cara, mas tu levou a pancada na perna, como ocorreu o hematoma na testa?", questionei. "Cai de mal jeito no gramado", respondeu. Que falta de sorte.

Fecho o parêntese e voltamos ao jogo. Sem Gaguinho me desloquei para a posição de centroavante. Nesse momento do jogo todos reclamavam das minhas excelentes jogadas individuais que não davam em nada. Com sangue nos olhos me desloquei do meio para o meio dos zagueiros e recebi um passe primoroso de Antoninho. Que qualidade do camisa 8. Dominei a bola e não vi mais nada, apenas gritei pedindo pênalti. O Juiz marcou. Para dizer a verdade, não sei até agora se houve alguma coisa. Meus companheiros de time disseram que não.

O importante que tinha pintado a chance de fazer um gol. Numa atitude de respeito entreguei a bola para Antoninho que estava lá no meio campo. O veterano disse: 'quando chegar lá na marca do pênalti não vou nem ter força e a bola nem vai chegar no gol". Modéstia. Bateu o penal na bochecha da rede. Muita categoria. E aí abro o terceiro parêntese.

Quem foi rei nunca perde a majestade, diz o ditado. E agora falando sério, Antoninho Silva desfilou um grande futebol e mesmo com muito mais idade que todos os outros jogadores da imprensa foi o expoente técnico. Sempre bem posicionado, distribuiu o jogo e deu duas lindas "canetas" em jogadores adversários, que valeram aplausos dos torcedores que estavam presentes.

Fechado esse parêntese, voltamos ao jogo. Marcelo entrou no time da imprensa, no lugar de Guilherme Rajão (que parece o Valdívia do Inter, corre mais que a bola e não cria nada) e dali em diante até o fim do jogo houve discussão entre ele e o cinegrafista da RBS, Willian. A cada falta próxima da área eles discutiam. "agora é minha vez", "essa eu bato", "deixa eu chutar essa". E não importava o quão longe a falta era, queriam bater direto a gol. Ainda bem que faltava qualidade e a bola morria dentro da área adversária. O primeiro tempo ainda teve um terceiro gol do Sampa, que foi contra, terminando em 3x1.

O segundo tempo os reservas do São Paulo substituíram alguns membros da imprensa que iriam cobrir o jogo, pois a imprensa não tinha quase reservas. Vendo que o time tinha 12 jogadores em campo antes do recomeço, fome do jeito que sou, fui lá para o outro lado do campo, para não ser visto. Mas Pererucho me viu: "Fabrício, dá um tempo aqui no banco para todos jogarem.

E ali do banco me diverti com o treinador. Como o árbitro apitava impedimentos também, por não ter bandeirinha, resolvemos sacanear. Conversamos e decidimos que o próximo lançamento iríamos gritar por impedimento para ver a reação do árbitro. A bola foi lançada para o ponteiro que estava uns três metros atrás da linha do zagueiro e nós gritamos pedindo impedimento. A arbitragem não titubeou e marcou a infração. Mas logo em seguida o time adversário fez mais 2 gols. Um de penal e outro com troca de passe dentro da nossa área.

Vendo a total falta de pulso do treinador e a tremenda dificuldade do fotógrafo do São Paulo, João Pedro, com a bola de futebol, no meio do segundo tempo me dirigi para o meio de campo e voltei a campo. Foi quando uma reação fulminante aconteceu. Não pela minha entrada, mas pelo ressurgimento no jogo por parte do camisa 18, Maurício Gasparetto, da RBS TV.

E aí abro outro parêntese. Poucos sabem, mas antes de fazer dois gols Maurício se dirigiu ao meio campo para sair do gramado. Perguntei se ele estava sentindo alguma lesão e ele disse: "não consigo mais respirar. Estou pior que o Anderson na altitude de La Paz".

Em mais uma daquelas faltas em que Willian e Marcelo brigaram para bater direto a gol e que mais uma vez a bola não iria chegar ao gol, o zagueiro deu uma rosca e Gasparetto em completo impedimento deu um giro e fuzilou o goleiro adversário, que até aquele momento "debochava" dos chutes dos jogadores da Imprensa e defendia com o pé ou com apenas uma mão.

Sentindo a pressão daquele chute fulminante de Gasparetto o goleiro se complicou. Saiu jogando errado e a bola caiu nos meus pés. E quando cai no meu pé vocês já sabem o que acontece... NADA. Deu o famoso drible a mais e a bola voltou para zaga. E a zaga voltou a se complicar. A bola sobrou para alguém que chutou no braço do zagueiro que estava na pequena área. O árbitro apitou o pênalti. A bola sobrou para Gasparetto que soltou um petardo para dentro do gol. E o Juiz deu o gol, para desespero dos veteranos do Sampa. Os jogadores reclamavam que ele já havia apitado o penal. O Juiz disse que apitou o gol. Daí o jogador adversário lembrou ele que o apito foi antes da bola entrar. E o homem de preto deu amarelo para o cara. Era 5x3 e o time da Imprensa cheio de esperanças.

Não demorou mais 5 minutos e os veteramos do rubro verde resolveram para de "brincar" e fizeram mais 2 gols. A galera da Imprensa, constrangida, pediu o fim do jogo. E o árbitro apitou.

Fim de papo, o time da Imprensa meteu 3 nos veteranos do Sampa. Tomou 7, mas isso é detalhe. O treinador Pererucho fez questão de Lembrar Felipão contra a Alemanha para se manter no cargo.


By Fabrício Marques





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