domingo, 28 de fevereiro de 2016

São Paulo 1 X 2 Brasil - Não há motivo para terra arrasada

O São Paulo jogou mal na noite deste sábado, interrompeu a sua série de 5 partidas consecutivas com vitórias e conheceu a sua primeira derrota no caldeirão do Aldo Dapuzzo nesse campeonato. E a derrota veio justo contra o seu maior rival, o Brasil de Pelotas.

Perder para o Brasil sempre é dolorido, ainda mais que o clube não vence o rival desde o jogo do acesso onde Aylon fez o gol da vitória e depois nos pênaltis todo mundo sabe da história. É uma "touca" que já dura mais de 3 anos, são mais de 10 partidas sem vitória do São Paulo sobre o Rival. Mas nem por isso há motivos para terra arrasada.

O qualificado time do Brasil veio a Rio Grande desesperado, pois ainda não havia vencido no campeonato. A torcida já estava pressionando o time e a comissão técnica e pelos bastidores circulava a informação de que o "bixo" oferecido ao grupo de jogadores e comissão técnica pela vitória dessa partida seria de 30 mil reais. Eles entraram com a faca nos dentes.
Já o São Paulo entrou em campo determinado a vencer, tentou impor o seu ritmo e colocar a bola no chão, porém o Brasil na base da imposição física e na bola aérea dominou a partida na etapa inicial. As melhores chances na primeira etapa foram do time Pelotense, sendo que em uma delas o goleiro Deivity operou um verdadeiro milagre em duas defesas consecutivas de forma sensacional, uma delas um chute a queima-roupa de Nena dentro da pequena área, onde o goleiro do Sampa estava caído no chão. Além dessa chance, incontáveis bolas alçadas na área onde seguidamente o ataque do Brasil conseguia vencer a zaga Sãopaulina.
O São Paulo também atacou, sempre buscando Julío Abú, porém este foi muito bem marcado pela equipe adversária. Na melhor chance, Rafael Pilões recebeu livre dentro da área mas ao invés de chutar de primeira, dominou a bola e permitiu a chegada da defesa adversária. Houve um chute de Júlio Abú que passou próximo a trave esquerda de Eduardo Martini.

Na volta do segundo tempo o panorama seguiu parecido e após uma blitz da equipe Xavante após o cruzamento, onde teve bola na trave e depois um milagre de Deivity, Felipe Garcia aproveitou o rebote e marcou o primeiro gol Xavante na partida, antes dos 10 minutos do segundo tempo. Vale ressaltar que houveram 2 rebotes e nas duas ocasiões este ficou nos pés de jogadores do Brasil, dentro da área. Essa foi uma tônica do jogo, o brasil sempre ganhando a segunda bola.

A partir daí o São Paulo passou a jogar pressionado e ao mesmo tempo o Brasil começou a fazer valer a sua costumeira catimba. E o São Paulo caiu nesta catimba. Mas não só o time do São Paulo, como também o juiz, que acabou perdendo as rédeas da partida em determinado momento.
A bola aérea do São Paulo não funcionou, muito pela má pontaria dos jogadores rubro-verdes. Foram muitos cruzamentos mal executados, sejam por "recuos" a Eduardo Martini, cruzamentos tortos e etc. Além disso, o Brasil era perigoso no contra-ataque e estava mais perto do segundo gol do que o São Paulo do empate. E foi assim que por volta de quase 40 minutos do segundo tempo Gustavo Papa completou o cruzamento e colocou a bola para o fundo das redes, fazendo São Paulo 0 X 2 Brasil.

Mas o São Paulo buscou forças de onde parecia não ter para descontar o placar com Alex Goiano, após cruzamento na área. Daí o caldeirão ferveu e o time do Brasil passou a usar e abusar ainda mais da sua conhecida catimba, do seu anti-jogo, criando confusões dentro de campo e tendo 2 jogadores expulsos por conta disso, Gustavo Papa e Marcos Paraná, ambos jogadores que haviam entrado no segundo tempo.

Daí entra a figura do juiz da partida, o senhor luis Teixeira, que se perdeu totalmente no final do jogo, deu 5 minuto de acréscimo e quando o jogo estava nos 46, houve uma confusão generalizada com a expulsão de Marcos Paraná e quando retornou a partida aos 52, ele deu apenas mais 3 minutos. Resultado, a bola rolou mais 1 minuto apenas e o Brasil conseguiu o que queria: Fazer o antijogo, não deixar a bola rolar e terminar a partida, com 9 em campo.

Ao final da partida, alguns jogadores do Brasil passaram fazendo gestos e debochando da torcida do São Paulo nos Pavilhões. Além disso, o técnico Rogério Zimermamm entrou no túnel fazendo as mesmas provocações não só a torcida como também ao vestiário do time do São Paulo, o que acarretou numa briga generalizada no túnel de acesso, só contida depois que a brigada, numa atitude truculenta, jogou gás de pimenta para dispersar todos que estavam alí. Há relatos que o Diretor de futebol do São Paulo Renan Mombarack havia sido agredido por algum integrante do Brasil durante a confusão.



Torcedor Rubro-Verde
Perder para o Brasil nunca é bom, pior ainda quando se perde em casa e no momento em que estávamos embalados e bem na tabela. Mas não há motivos para "terra arrasada" por conta disso.
Seguimos com 15 pontos na tabela, na 4º colocação, perseguindo os lideres e surpreendendo até mesmo os torcedores mais otimistas que pensavam que o time era bom, poderia lutar pela série D, mas que jamais imaginaria uma sequência de 5 vitórias no inicio da competição.
Acumulamos gordura, temos um time qualificado tecnicamente e que não desiste enquanto não termina o jogo. Hoje não faltou RAÇA a equipe, não faltou coração, mas infelizmente faltou futebol. E do outro lado havia uma equipe qualificada e que jogava a sua vida no campeonato.
Estamos recem na 7º rodada, temos a garantia de que não cairemos, mais uma vitória e temos a garantia de classificação para o mata-mata e estamos 9 pontos a frente do primeiro time que disputa a vaga para a série D conosco.
Não é legal alguns "corneteiros" (que nem ouso chamar de torcedores), vaiar jogador substituido, reclamar que o jogador não joga nada e chinga-lo e etc. Foi apenas uma derrota (dolorida, é claro), mas que uma hora viria. Foi uma semana intensa com 3 jogos muito desgastantes (VEC fora, Grêmio e Brasil) e que ganhamos 6 dos 9 pontos.

Agora é descansar e se preparar para o difícil desafio contra o Ypiranga lá na longincua Erechim na semana que vem. Avante Leão do Parque.

São Paulo: Deivity; Raulen, Fernando Pinto, Luís Henrique (Guto Neves) e Romano; Henrique, Thiago Côrrea, Guto Dresch (Reinaldo) e Athos (Alex Goiano); Julio Abu e Rafael Pilões. Técnico: Hélio Vieira.


Brasil: Eduardo Martini; Wender, Cirilo, Teco e Xaro (Brock); Leandro Leite, Galiardo, Diogo Oliveira (Marcos Paraná) e Felipe Garcia; Ramon e Nena (Gustavo Papa). Tècnico: Rogério Zimmermann.

ARBITRAGEM: Luis Teixeira

Por William Rocha, Colaborador Rio Grande Esporte Mais










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