segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

No embalo da massa rubro-verde, São Paulo vence mais uma e se consolida na parte de cima da tabela

Era um final de tarde de domingo de sol na cidade do Rio Grande, o calor não era tão forte até por volta das 19h quando os portões do Dapuzzo foram abertos. A partir daí o caldeirão começou a ferver. Faltavam ainda 30 minutos para a bola rolar e o estádio já estava tomado de rubro-verdes confiantes por mais uma vitória do time e a consolidação da equipe no topo da tabela.
A direção do clube corrigiu os problemas que ocorreram na primeira partida no que diz respeito a entrada do público no estádio. Desta vez os 2 portões da rua América estavam abertos, entrada organizada e dividida para sócios, meia-entrada e público em geral. Nota 10 para esta direção que sabe ouvir e respeitar as críticas construtivas feitas pela torcida.







Em campo o adversário era o Novo Hamburgo, equipe ainda invicta no campeonato e que ainda não havia levado gols. Pelo Lado Rubro-verde a novidade foi o meia Athos que surpreendeu a todos e 10 dias após ter quebrado um dedo do pé no jogo contra o Glória, estava em campo.
O jogo começou e o Nóia mostrou porque ainda não havia levado nenhum gol na competição. Com um setor defensivo de jogadores muito altos e muito bem postados, anulava as principais investidas do Sampa. Além disso, saia em velocidade ao ataque levando perigo a defesa rubro-verde. Numa dessas investidas, aos 3 minutos, Anderson Paraíba chutou de fora da área e Deivity com a ponta dos dedos desviou e a bola bateu na trave, no rebote o jogador do time do vale dos sinos chutou fraco para a defesa do arqueiro paulista.
A válvula de escape do São Paulo era Julio Abú que infernizava a defensiva anilada e aos 5 minutos ele colocou pra dançar a zaga adversária e chutou cruzado e o doleiro Andrey bateu roupa e quase deixou ela passar. Abú ainda fez uma boa jogada aos 8 minutos mas a zaga do Nóia conseguiu afastar. Aos 11 minutos, Deivity operou um milagre na cabeçada do jogador do nóia, mas o bandeira já havia marcado impedimento.

A melhor arma do São Paulo nas primeiras partidas, o jogo aéreo, dessa vez não foi uma arma tão eficaz por conta do setor defensivo muito competente do Anilado, mas mesmo assim, talvez numa das únicas vezes que o ataque rubro-verde superou a defesa adversária pelo alto, Romano cobrou o lateral na área e a bola foi desviada e bate no pé da trave esquerda do goleiro Andrey aos 22 minutos da etapa inicial.

O jogo seguia pegado, com o Novo Hamburgo constantemente rondando o ataque, tendo maior posse de bola, tendo faltas perigosas próximas a área e o São Paulo pouco criando. Mas aos 35, talvez no lance mais perigoso da equipe até então, a bola sobra na entrada da área e Athos chuta forte para grande defesa de Andrey.

A partida ia se encaminhando para o final e depois de um chutão da defesa do São Paulo, o zagueiro anilado e o goleiro Andrey batem cabeça, a bola bate na cabeça do zagueiro, encobre o goleiro e sobra livre para Rafael Pilões abrir o placar no Aldo Dapuzzo. Festa do torcedor rubro verde aos 47 minutos do primeiro tempo. Foi uma lambança que a muito tempo não se via e de tão inesperado que foi o lance, não conseguimos filmar o gol.

No segundo tempo o São Paulo recua sua equipe e dá campo para o nóia sufocar a defesa paulista. Porém os contra-ataques rubro-verdes são perigosos e por pouco a equipe também não amplia a partida. O Goleiro Deivity foi o grande destaque com intervenções providenciais. O Novo Hamburgo também perde no mínimo 2 chances claríssimas de gol dentro da pequena área após cruzamentos com Saldanha aos 8 minutos e aos 33 minutos. O São Paulo também perde 2 vezes de matar a partida em contra ataques, uma com Rafael Pilões em um contra-ataque onde ele tinha dois companheiros livres entrando na área e preferiu finalizar fraco e também com Anderson, que entrou no segundo tempo no lugar do cansado Júlio Abú e entrou livre pelo lado esquerdo da área e a bola passou perto da trave. Destaca-se também a bela trama entre Romano e Guto Dresh aos 23 do segundo tempo onde a bola é rolada para o meio, é feito o corta-luz e Athos chuta da entrada da área e a bola passa tirando tinta do poste direito de Andrey.

No final, 5 minutos de acréscimo do arbitro Roger Goulart, tensão dentro de campo e festa dos jogadores, comissão técnica e principalmente da torcida rubro verde que lotou o Dapuzzo com 6 mil torcedores empurrando o Leão do Parque a mais uma vitória e mostrando que o Dapuzzão voltou a ter a sua força e ser temido pelos adversários.



Elogios devem ser feitos, além da direção que trouxe um novo modelo de gestão mais moderno e transparente e um discurso ambicioso (diferente dos discursos derrotistas dos últimos anos), também vai para a comissão técnica. Hélio Vieira tem conseguido tirar o máximo dessa equipe que é a menor folha de pagamento entre todas as 14 equipes do Gauchão, mas que comprou a ideia lançada pelo técnico e pelo clube e tem mostrado muita raça e disciplina tática dentro do campo, além da preparação física que conseguiu deixar a equipe voando depois de 2 meses de pré-temporada. Se vê uma equipe inteira fisicamente os 90 minutos, correndo e lutando, sem tirar o pé, sem desistir da jogada.

Domingo que vem o São Paulo tem mais uma batalha pela frente, contra o Veranópolis, que ainda não venceu nesse campeonato e está pressionado, pois investiu pesado na equipe desse ano com o objetivo de alcançar a série D. Série D, aliás, que se terminasse o campeonato hoje, o São Paulo estaria classificado. Vai ser uma pedreira mas é possível sair de lá com os 3 pontos, seguir no topo da tabela para enfrentar 4 rodadas (da 6ª a 9ª rodada) que possivelmente serão as mais difíceis do campeonato para nossa equipe (com uma sequência contra Grêmio e Brasil em casa e Inter e Ypiranga).


FICHA TÉCNICA
São Paulo – Deivity, Raulen ,Fernando Pinto, Luís Henrique, Romano, Henrique, Thiago Corrêa (Mikael), Julio Abu (Anderson Oliviera), Athos (Guilherme Müller), Guto Dresch e Rafael Pilões. Téc.: Hélio Vieira
Novo Hamburgo – Jandrei, Celsinho, Diego Macedo, André Paulino, Ruan, Amaral (Matheus Pranke), Preto (Neto), Robinho, Paraiba, Saldanha (Juninho) e Kiros. Téc.: Gérson Gusmão

Arbitragem – Roger Goulart, auxiliado por Mauricio Silva e Tiago Augusto

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