segunda-feira, 14 de março de 2016

São Paulo é Gigante e ruge alto no Beira-Rio

Foi uma tarde para o torcedor Rubro-Verde não esquecer tão cedo, principalmente os cerca de mil torcedores que lotaram o setor de visitantes (tanto que os funcionários do Interacional tiveram que aumentar o espaço que haviam disponibilizado) e vibraram com o heróico empate buscado fora de casa contra o poderoso S. C. Internacional, da folha de pagamento mensal de 6 milhões de reais, contra a folha de 115 mil mensais do Rubro Verde.



Desde o início da partida estava clara qual era a proposta de jogo de ambas as equipes: Os donos da casa tentando atacar em velocidade, com troca de passes rápidas e o Sampa tentando neutralizar as jogadas, cadenciar o jogo e só sair na boa. Em nenhum momento o Inter "amassou" o São Paulo devido a ótima partida do setor defensivo rubro verde.




É claro que o colorado levou perigo em alguns momentos, era o dono da casa e tinha a "obrigação" de vencer, porém o seu gol saiu de um lance fortuito onde Vitinho tenta passar a bola para um jogador colorado mas ela desvia e encontra o atacante Eduardo Sasha livre dentro da pequena área que só tem o trabalho de empurrar a bola para as redes aos 6 minutos de jogo. A sensação do estádio é que Sasha estava adiantado, porém o replay mostra que Raulen dava condições para o lance.

O time do São Paulo não se assustou e não se lançou ao ataque por estar perdendo. Ao contrário, manteve a sua caracteristica de toque de bola, cadenciando a partida com a bola no chão, além de forçar o erro da defesa adversária. Por duas vezes o Sampa conseguiu roubar a bola na saída depois de forçar o passe errado adversário, porém não soube aproveitar as oportunidades.

Já o Internacional era perigoso principalmente nos contra-ataques rápidos. Em duas oportunidades o São Paulo correu grande perigo de levar o segundo gol, mas em ambas a "pelota" foi para fora. E assim se resume o primeiro tempo.



Na volta do intervalo o panorama seguiu parecido, porém sem o rubro-verde oferecer contra-ataques ao adversário. O jogador mais perigoso a defensiva do Sampa passou a ser o ex rubro-verde Aylon, acustumado alías a dar trabalho a defesa Sãopaulina desde os tempos de guri quando surgiu para o futebol no Vovô. Em uma delas ele recebeu um lindo passe do colorado Alex e sozinho na frente de Deivity ele tentou encobrir o arqueiro e "recuou" a bola, para sorte da massa sãopaulina.

Nesse momento, começa a aparecer a "estrela" de Hélio Vieira, que promove as entradas de Diego Sapata e Guto nos lugares de Athos e Pilões. Num primeiro momento muitos torcedores questionaram a mudança, pois eram dois jogadores que pouco atuaram até agora no Gauchão, porém a ideia do treinador era dar mais mobilidade ao ataque sãopaulino, já que o Inter começava a oferecer espaços em sua defesa. Pouco depois ele tirou Thiago Correia, que nesse jogo esteve abaixo do que vem jogando para entrada de Faiska, para proteger os flancos e possibilitar que os laterais pudessem ter mais liberdade de atacar, principalmente Romano.

A torcida rubro-verde entendeu que o momento era de apoiar a equipe e mesmo com a inexplicavel proibição por parte do Inter da torcida Mancha Rubro Verde entrar com seus instrumentos dentro do estádio, começou a cantar mais alto que os 20 mil colocarod que se faziam presentes no Beira-rio.

E foi em uma linda combinação entre Guto Dresh e Romano, que fez fila na defensiva do colorado e cruzou na medida para Cidinho, até então apagado no jogo, fizesse o empate e levasse a loucura os mais de mil Rubro-verdes, calando o Beira-Rio aos 29 minutos do segundo tempo.

No  restante do jogo o Inter tentou pressionar o São Paulo que recuou a espera de um contra ataque para tentar matar a partida. Em duas oportunidades Guto quase conseguiu mas foi desarmado pelo defensor colorado. Já no final da partida, um lance que quase fez o torcedor rubro-verde infartar nas arquibancadas do Beira-Rio: Aylon recebeu o cruzamento de costas para o gol, fez duas embaixadinhas e mandou a bicicleta... A bola bateu no pé da trave e cruzou todo gol e não entrou. Eram os deuses do futebol "protegendo" o Leão e que não merecia perder a partida por toda sua valentia e sua aplicação tática.

O São Paulo mostrou ontem uma maturidade absurda por seu grupo de jogadores e comissão técnica. Não se desesperou com o placar adverso em nenhum momento e manteve a sua tática do inicio ao fim, sendo premiado com o empate e a festa da torcida Rubro-Verde que deu um verdadeiro Show nas arquibancadas do Beira-Rio e transformou o setor visitante do estádio na "ferradura" do Dapuzzo. Foram mais de mil pessoas em aproximadamente 15 ônibus, alguns micros, vans, carros particulares, riograndinos que vivem em Porto Alegre e região metropolitana.

Agora é se preparar durante a semana para a "final de campeonato" no domingo as 19h no Aldo Dapuzzo, contra o principal adversário a vaga à série D do Brasileiro, o Passo Fundo. O torcedor tem que lotar o estpadio e fazer do Dapuzzo mais uma vez um caldeirão pra equipe conquistar os 3 pontos e se consolidar no G4 do Gauchão.

William Rocha - Colaborador Rio Grande Esporte Mais










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