Este final de semana o Futebol do
interior do Rio Grande do Sul obteve duas importantes conquistas no
cenário futebolístico nacional: O nosso eterno e maior rival, o Brasil
de Pelotas, conquistou o acesso a série B nacional e o Ypiranga de
Erechim subiu para a série C nacional. E o que podemos aprender com
eles?
Primeiro quero deixar bem claro que a ideia aqui não é de
“pagar pau” para os Xavantes, porém muito do que foi realizado por eles
no quesito planejamento e modernização da gestão deve sim ser levado
como exemplo para o nosso clube se reestruturar e crescer nos próximos
anos. Vale lembrar que o Brasil no ano de 2011 sequer passou da primeira
fase da segundona gaúcha (e se naquele ano já houvesse a terceira
divisão, teria sido rebaixado), conquistou o acesso junto conosco em
2013 e chega agora, no ano de 2015, a segunda divisão nacional,
campeonato este que recebe cota de televisão, jogos são transmitidos
para todo Brasil e todo o mundo inclusive.
Mas para os Xavantes
conseguirem tal “façanha”, foi preciso ter um planejamento, tanto dentro
como fora de campo. Desde a modernização da gestão, um bom trabalho de
marketing, um bom plano de sócios com atrativos ao seu torcedor, até a
permanência do técnico e de boa parte do elenco daquele time que
disputou as finais da segundona gaúcha em 2013. Essa receita rendeu ao
nosso rival todo esse prestigio que ele voltou a ter em cenário estadual
e nacional. Souberam trabalhar bem no marketing a questão de sua
torcida, souberam fidelizar esse torcedor, mesmo eles tendo “perdido”
seu estádio. Será que a torcida deles é mais apaixonada que a nossa? Eu
duvido que seja... lembra dos anos todos que nosso clube jogou a
segundona e que éramos noticia semanalmente em todo estado por nosso
estádio estar sempre lotado e nossa torcida empurrando o Leão? Naquela
época, nas mesmas condições, tínhamos uma média de público igual ou até
superior a eles. Então agora é fácil eles quererem “ostentar” esse
fanatismo, estando em um momento de gloria por 3 anos consecutivos.
Já o Ypiranga segue uma receita parecida... A diferença é que lá tem
quem injete dinheiro, há a proximidade com Chapecó e a Chapecoense, que é
em quem os Erechinenses se espelham (e já houve até convenio entre os
clubes quando a Chape ainda não estava nessa ascensão toda). Porém a
receita do PLANEJAMENTO dentro de campo é parecida com a dos Xavantes. O
treinador Leocir Dall’astra está no clube desde 2012... Até a mais
tempo que o Rogério Zinmerman no Brasil... Talvez lá a rotatividade de
jogadores tenha sido maior que dos Xavantes, mas o comandante e o
espirito dos “canarinhos”, que subiram para a série A do Gauchão em 2014
segue o mesmo, o esquema tático segue o mesmo e no seu primeiro ano de
retorno a elite do Gauchão eles já conquistaram a vaga para a série D e
agora o acesso a série C.
Enfim, estou confiante no trabalho da
nova diretoria, que apresentou nomes novos, gente que parece estar
querendo romper com os “vícios administrativos” que se sucedem no nosso
sampa. Temos muita coisa para reestruturar talvez a vaga para a série D
ainda não venha no ano que vem, talvez seja mais um ano para nos
consolidarmos na elite do futebol gaúcho para só em 2016 voltarmos a
percorrer a trajetória do clube no futebol nacional, a qual tão bem
traçamos nas décadas de 1970 e 1980. É a hora de darmos o “pulo do gato”
e mudarmos de patamar, aliás, voltarmos a um patamar que já tivemos há 3
décadas atrás, mas para isso é preciso ter coragem e buscar nos
exemplos de nossos rivais um pouco da formula para o nosso sucesso
dentro e fora das 4 linhas.
AVANTE LEÃO DO PARQUE
Por William Rocha
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